Tóia Oliveira
A música e o universo artístico em geral sempre fizeram meu olho brilhar. O fascínio pelaenergia que flui dos palcos e que emana das pessoas envolvidas com a arte acabaram melevando pra esse caminho. A fotografia, então, se revelou como um instrumento para captaraquilo que sempre me acendeu e cativou. O registro dos palcos sob a ótica de uma eternaapaixonada pela arte. Em 2011, comecei a trabalhar como fotógrafa da CamerataFlorianópolis. Uma grande oportunidade! Desde o começo, a orquestra optou por tornar osespetáculos mais versáteis, explorando diversos gêneros musicais, para além da músicaclássica. Nessa caminhada conjunta, tive o prazer de cobrir eventos Camerata in Jazz (comarranjos e direção de Luiz Gustavo Zago), o espetáculo Rock’n Camerata (com arranjos deAlberto Heller e participação da banda Brasil Papaya Instrumental), e Música Eletrônica (emparceria com o Elekfantz). Em âmbito nacional, fotografei a orquestra em shows comrenomados artistas brasileiros como Lenine, Paulinho Moska, Martnália e Zeca Baleiro. Umevento em particular que guardo com carinho, foi o show da orquestra com o guitarristaSteve Vai na edição 2015 do Rock in Rio. Paralelamente ao início com a Camerata, aindaem 2011, participei da cobertura da Maratona Cultural, da qual hoje sou coordenadora defotografia. Trata-se do maior evento multicultural de Santa Catarina. Consiste na promoçãode uma série de produtos culturais, apresentados sob diversas manifestações artísticas, doteatro às artes visuais, da música às intervenções urbanas em vários pontos deFlorianópolis. A partir de 2016, iniciei os trabalhos como fotógrafa da banda catarinenseDazaranha. Além de colecionar no rolo da câmera os momentos capturados, trago a alegriaimensurável de trabalhar com aquilo que amo e com aqueles que admiro. É um trabalhoque me alimenta a alma e ao mesmo tempo me desafia; a todo o tempo, tira da zona deconforto. Em 2019, saí em turnê pela Inglaterra juntamente com o Sonido Club, banda quefotografo oficialmente desde 2018, para fazer a cobertura dos shows que realizaram naInternational Beatleweek (principal festival sobre os Beatles no mundo), em Liverpool, e umshow de encerramento em Newcastle. Foram 13 shows no total, num período de 7 dias. Em2023 repetimos a mesma turnê na Inglaterra, mas dessa vez além de fotografar o SonidoClub, fui convidada pela organização do Cavern Club para fotografar oficialmente aInternational Beatleweek. Ao todo, em parceira com o Sonido Club, são 4 Beatleweeks noBrasil (3 no RJ e 1 no RS) e 2 na Inglaterra.Com a volta das atividades culturais depois da pandemia e aprovação de projetos culturais,fechei parceria com alguns músicos para fotografar turnês, shows e sessões fotográficas derenovação de portfólio, alguns deles: Iva Giracca e Roger Corrêa, Luiz Gustavo Zago, LaraSales, Luiz Meira, Quarteto Nume, Parafuso Silvestre, Consonante Duo, Mariana e Javier -O desabrochar das flores, entre outros.Em 2022, em parceria com a Harmônica Arte e Entretenimento, fiz a cobertura do FloripaEco Festival, Natal Encantado Pedra Branca, Dazaranha 30 anos, Orquestra de Baterias,Dazaranha no Planeta Brasil (BH), Dazaranha no Bluenote (SP) e mais duas datas com oDazaranha na Virada Cultural de SP (Iguape e Itanhaéim). Sempre intercalando agendacom os concertos e viagens da Camerata Florianópolis e outros projetos.Em maio de 2023, tive a honra de receber o convite do renomado fotógrafo de palcobrasileiro, Marcos Hermes, para fazer a cobertura do show do Titãs em seu lugar, emFlorianópolis.Ao todo, são 12 anos de trajetória, dedicados quase com exclusividade ao setorartístico-cultural. No decorrer desse tempo, trabalhei em eventos e projetos culturais debandas e artistas independentes de várias áreas. O que me levou a ficar cada vez maisencantada pela diversidade cultural que temos e pelos artistas incríveis etalentosos que conheci e que tive/tenho a oportunidade de trabalhar.